No dia 31 de Outubro, celebramos os 502 anos da Reforma
Protestante. Se pudéssemos resumir todo o conteúdo da Reforma em uma única sentença,
esta seria “O justo viverá pela fé!”.
Foi este versículo que invadiu a mente de Lutero quando
subia as escadarias de Pilatos, em Roma, fazendo penitências e com os joelhos
sangrando, recitando uma oração do Pai
Nosso em cada um dos degraus. Ele entendeu ali, que deveria viver baseado na
obra de Cristo, e não em sacrifícios pessoais. Teria que olhar para a obra de Cristo
e viver pela fé. Isto transformou sua história pessoal.
Viver pela fé traz alguns desdobramentos:
A.
Não devemos viver baseados nas circunstâncias, favoráveis
ou não. Viver pela fé aponta para algo ultracircunstancial e a-temporal. Mesmo quando
a vida parece sem esperança e os dias são confusos, confiamos num Deus amoroso
e soberano, que controla todas as coisas. Não vivemos pelo que vemos, mas
baseados nas promessas maravilhosas de Deus.
B.
Não podemos manter a vida baseada nas variações de
humor que temos. Vivemos pela fé, não pelo que achamos ou sentimos. Emoções são
frágeis e variam de um dia para outro. O justo fundamenta sua vida na
estabilidade de Deus, e não nas instabilidades de seus sentimentos. Ele vive
por fé, não pelo que sente.
C.
Não podemos colocar nossa confiança em nós
mesmos para salvação. Esta é, certamente, a mensagem central da afirmação de
que “O justo viverá pela fé”. Nossa
fé está colocada em Jesus, no seu sacrifício, naquilo que ele fez na cruz. O justo
não se baseia na sua justiça própria, na sua performance moral, nem nas boas
obras, mas nos méritos de Cristo, afinal, ele vive pela fé, confiado na maravilhosa
obra de Cristo Jesus.