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Dentre as muitas questões bíblicas, uma das mais recorrentes
é esta: “Até quando Senhor”. Eis
algumas destas perguntas feitas pelos servos de Deus:
“Até quando, Senhor, o
adversário nos afrontará?” (Sl 74.10).
“Até quando, Senhor,
será para sempre a tua ira?” (Sl 79.5).
“Até quando, Senhor...
esconder-te-ás para sempre?” (Sl 89.46).
“Volta, Senhor, até
quando? Tem compaixão de teus servos” (Sl 90.13).
“Até quando, Senhor,
os perversos, até quando exultarão os perversos?” (Sl 94.3).
O profeta Habacuque também declara:
“Até quando, Senhor,
gritar-te-ei violência e não me ouvirás?” (Hc 1.2).
Até
mesmo no livro de Apocalipse, vemos o clamor dos mártires dizendo: ““Até quando, Senhor, Santo e verdadeiro, não
julgas nem vingas o nosso sangue, dos que habitam sobre a terra?” (Ap 6.10).
Estes
clamores revelam como é complexo para nós, homens mortais, limitados pelas
categorias aristotélicas de tempo e espaço, esperar em Deus. O tempo de Deus
não é o nosso. Para nós que habitamos a história, marcada pela temporalidade,
fica difícil entender a forma divina de equacionar o tempo, já que ele habita a
eternidade.
Mas
é bom, lermos a Bíblia toda, para vermos como é maravilhosa a manifestação de
Deus no meio do seu povo: “Então, o
Senhor despertou como de um sono, como um valente que grita excitado pelo
vinho” (Sl 78.65). O mesmo salmista que clama, crê na intervenção e
manifestação histórica de Deus. Deus, no seu devido tempo dará a resposta. Ele
não é alheio, mas um Deus presente e que se revela.
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