sexta-feira, 15 de março de 2019

No Egito, nem morto!


Resultado de imagem para imagens escravidao do egito

O povo de Deus saiu do Egito sob a liderança de Moisés e com mão forte do Senhor fazendo maravilhas, atravessando o mar a pé enxuto, vendo água sair da pedra, recebendo diariamente o maná de Deus por quarenta anos, e até mesmo suas roupas sendo preservadas. Apesar de tudo isto, o Egito ainda era uma forte tentação e exercia grande fascínio sobre suas mentes. De vez em quando um grupo se levantava dizendo que estava com saudade do Egito e queria retroceder. Não há relatos de um número significativo deles retornando, mas não temos dúvida de que isto aconteceu. O Egito atraia, seduzia, com seu glamour, riqueza e ostentação.

O Egito, porém, foi um lugar muito difícil para a sobrevivência daquele povo. Eles foram submetidos a severos trabalhos, e forçados às condições extremas da escravidão, debaixo de muita aflição, a ponto do seu gemido e dor serem ouvidos pelo Senhor dos Exércitos. Mas eles se esqueceram de tudo que tinham passado, e ainda falavam com saudade dos tempos do Egito.

O Egito,  na bíblia, é figura do mundo do pecado, terra distante de Deus, lugar da escravidão e do controle do diabo sobre nossas vidas, onde Deus é esquecido e seu povo massacrado. Representa a vida de pecado e de distanciamento de Deus, onde os frutos da carne dominam. Entretanto, muitos dos que já experimentaram a liberdade em Cristo e atravessaram o Mar Vermelho, continuam ainda acreditando que o Egito é um lugar bom para estar. Vivem divididos entre a vida de santidade e de pecado, entre o mundo e a igreja, um pé dentro e um fora, sabendo do que Cristo fez pelas suas vidas, mas sentindo ainda desejos da vida de pecado.

Quando Moisés disse a Faraó que iriam sair e caminhar três dias no deserto, para prestar culto a Deus, Faraó fez uma proposta imediatamente recusada: “Ide, cultuai a Deus, mas não vades muito longe”. Moisés respondeu: “iremos caminho de três dias no deserto”. Em outras palavras: Faraó os queria perto, mas Moisés sabia que a proximidade com o mundo da escravidão seria fatal. Tinham que estar bem longe se quisessem cultuar a Deus.

Mais sábio foi José, que quando estava para morrer, fez o povo de Deus prometer que seus ossos seriam levados para fora do Egito onde ele seria sepultado. José entendeu que mesmo depois de morto não deveria ficar no Egito, e por isto fez este pedido, afinal, No Egito, nem morto!

Nenhum comentário:

Postar um comentário