Quando
o povo de Israel estava se preparando para guerrear contra os filisteus, Samuel
estava na liderança da nação judaica e sabia que o segredo da vitória do povo
estava na fidelidade ao Senhor, não na capacidade bélica e militar que possuíam,
nem ainda na estratégia de guerra. Então, antes de sair para a batalha, fez a
seguinte exortação:
“Se é de todo o vosso coração que voltais ao
Senhor, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes e preparai o
coração ao Senhor, e servi a ele só, e ele vos livrará das mãos dos filisteus” (1
Sm 7.3).
Samuel lembra
ao povo como deveriam adorar ao Senhor, e por isto fez três observações:
Primeiro, louvor só a Deus – A adoração não
poderia ser dividida ou fragmentada. Outros deuses não poderiam receber glória,
mas deveriam ser retirados dentre eles. O coração só poderia ter um dono. A
glória deveria ser só de Deus. O Senhor, e apenas o Senhor, deveria ser
cultuado. Nenhuma imagem deveria receber as preces, este era, afinal, o
primeiro mandamento: “Não terás outros
deuses diante de mim” e esta era a frase que deveria ser repetida
diariamente pelo povo de Deus: “Ouve, oh
Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Só a ele adorarás, e só a ele
darás culto”.
Segundo, o coração deveria estar inclinado só a
Deus – “Preparai o coração ao Senhor”. Nada
deveria estar ocupando o objetivo central de suas vidas. Seus corações deveriam
se preparar para que não se distraíssem, indo em outras direções.
Terceiro, deveriam servir só a Deus – “...e servi a ele só, e ele vos livrará das mãos
dos filisteus”. É
fácil colocar nossas mãos e talentos em atividades que não redundam em louvor
ao Senhor, por isto a exortação. Deus queria que o seu povo colocasse todo o
tempo de serviço, todo talento, todo dom, toda arte, tudo que poderiam
produzir, a serviço dele. Como é possível fazer isto? “Portanto, quer comais ou bebais, ou façais qualquer coisa, fazei-o
para a glória de Deus” (1 Co 10.31).
Isto é o que
podemos chamar de “adoração integral”.
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