sexta-feira, 29 de março de 2019

Dia da Mentira


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O Dia 01 de Abril é chamado de “O Dia da Mentira”. Nele, tradicionalmente, amigos se permitem fazer determinadas declarações “mentirosas” para, diante do espanto do interlocutor afirmar em seguida: “Dia da Mentira!”.
Obviamente se trata de uma brincadeira e não precisamos estabelecer juízos de valores sobre este tipo de atitude. Mentira que em seguida é desmascarada não é de fato uma mentira, já que a mentira tenta enganar, dar impressão de que alguma coisa é quando de fato não é. Por isto, ela é perniciosa, destrutiva e Jesus vai além ao afirmar que ela é maligna, porque procede do diabo (Jo 8.44).
Por que mentimos? A mentira é uma tentativa de manipulação. “As mentiras são uma pequena fortaleza onde você pode se sentir seguro e poderoso. Dentro de sua pequena fortaleza de mentira você tenta governar sua vida e manipular outros, mas a fortaleza precisa de muros, por isso você constrói alguns. Os muros são as justificativas para suas mentiras. A verdade é que o motivo real para você mentir não é para que a pessoa não sofra. O verdadeiro motivo está pelo medo de enfrentar as emoções que podem surgir”( Young, William ). 
Além do medo de ter que lidar com emoções que não desejamos reconhecer, queremos ainda manter a aparência de que não fizemos nada errado. Se alguém nos dá uma tarefa a realizar e nós nos esquecemos de realizá-la, ao sermos cobrados geralmente não dizemos, “Me perdoe, esqueci!”, mas tentaremos dar uma resposta que nos proteja. Diremos que ainda não tivemos tempo, que estamos analisando, que ainda não completamos a tarefa. Fazemos isto porque não queremos permitir que os outros percebam quanto fomos displicentes, relaxados e negligentes. A mentira se torna um esforço tolo para manter as aparências.
Com a desculpa de proteger quem amamos, mentimos para nossa esposa, filhos e amigos. Na verdade a mentira revela a falha de nosso caráter que queremos esconder, sendo um dos mais fortes componentes da Justiça própria. Desta forma negamos o Evangelho em nossa vida, já que este, por sua natureza intrínseca, exige de nós autenticidade. O que nos destrói não é a revelação de quem somos diante de Deus, antes aquilo que somos e não queremos revelar. Precisamos tanto parecer justo que nos esquecemos que justiça não tem simulacros, e que a verdade é libertadora.
Rev Samuel Vieira

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