Mais uma vez nos deparamos com a maravilhosa época do Natal!
Eu gosto de tudo no natal. Os
cânticos tradicionais, as árvores, os enfeites, os presentes, as celebrações...
o clima natalino me atrai. Gosto de ouvir estas músicas até mesmo fora de
época...
Mas não foi sempre assim.
Talvez a infância pobre tenha
sido uma das causas. Nunca enfrentei a fome, a escassez, a ausência de comida,
sempre tivemos muita fartura em casa. Muitos animais, plantações, criação de
aves e muita verdura e fruta. Ambiente de roça. Mas o dinheiro era muito
escasso.
Eu me lembro de uma situação que
hoje acho até engraçada. Houve um período em que arroz se tornou artigo de luxo
em nossa casa. Vocês já pensaram em quanto custa 5 Kg de arroz? Eu
particularmente acho muito barato hoje em dia, mas não o era naqueles tempos.
Então, minha mãe, excelente cozinheira, preparava canjiquinha de porco, e era
uma delicia... até hoje amo este prato.
Sempre tivemos compromisso com a
igreja evangélica. No natal, para não passarmos no esquecimento, minha mãe
preparava (ele sempre foi boa costureira também), roupas novas. Este era o
nosso presente. Não havia presentes de natal, mas isto nunca nos traumatizou,
nem gerou revolta em nossa vida. Tudo era resolvido com um bom prato de
macarrão e salada de maionese, prato especial do final de semana.
Mas a grande beleza do natal
transcendia os limites econômicos. A igreja sempre celebrava o natal e sempre
estávamos lá: participando do teatro, das cantatas, dos cultos que eram realizados
no exato dia do Natal. Tudo se transformava em festa! O maior presente nós
tínhamos: Jesus, o Filho de Deus nos foi dado! Glória a Deus nas maiores
alturas e paz na terra a quem ele quer bem!
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