sábado, 8 de dezembro de 2018

O Natal sob diferentes perspectivas


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Conforme as narrativas das Sagradas Escrituras, o Natal pode ser contemplado a partir de dois pontos de vista: A perspectiva humana ou terrena, relacionada aos eventos que se deram em Belém e arredores; e o Natal na perspectiva sobrenatural, que se deu numa perspectiva a-histórica e cósmica.

Os três primeiros evangelhos, Mateus, Marcos e Lucas descrevem pormenorizadamente o nascimento de Jesus. Marcos é mais sucinto, mas os demais falam com detalhes sobre este tema. Vários aspectos são descritos: o anúncio de Gabriel para Maria; o conflito de José quando considerava se deveria ou não crer no relato de Maria; a viagem de Maria para as montanhas da Judeia onde ficou três meses na companhia de Isabel, mãe de João Batista; o recenseamento da população e a viagem de José com Maria para Belém; as manifestações angelicais aos pastores; a vinda dos magos do Oriente. Todos estes eventos ocorrem numa perspectiva, cenário e geografia históricos, ainda que carregados de uma áurea mística e sobrenatural. Esta é a perspectiva do natal para quem se encontra no ambiente da terra, sob o ângulo da percepção e relatos humanos.

Mas quando avançamos para Apocalipse, vemos o natal sob a perspectiva cósmica (Apocalipse 12). A narrativa não relata os eventos a partir da Judeia, mas a partir das esferas celestiais. A linguagem simbólica vai muito além dos aspectos históricos. O natal ali é descrito pictoricamente como algo tenso e dramático.

A criança está para nascer, mas o dragão (figura de Satanás), quer devorá-lo. Ele não pode impedir que ela nasça, mas tenta impedir que ela sobreviva. A narrativa é impactante e assustadora, típica de um relato de Stephen King.

Quando, porém, ligamos as duas narrativas, a humana e a cósmica, vemos como os pontos estão profundamente interligados. Ao nascer em Belém, Jesus está sob a ameaça de Herodes o Grande, que quer matá-lo. Ele é uma figura política, mas tenta fechar o cerco à cidade para que a criança morra. Sem perceber, Herodes se torna agente de Satanás para cumprir seu propósito de exterminar a criança que nasce. O dragão e Herodes são aliados, tentando destruir a criança.

Por que Satanás está tão preocupado com o nascimento de Jesus? Uma carta escrita pelo Apóstolo João, o mesmo autor de Apocalipse afirma: “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1 Jo 3.8). O surgimento de Cristo se torna uma ameaça aos propósitos do inferno. Aquele bebê deitado numa manjedoura é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Seu nome é Maravilhoso e Príncipe da Paz, e seu domínio jamais terá fim.

Sua vinda é uma ofensa ao dragão e uma declarada guerra contra os desígnios das trevas.

Natal, portanto, não é apenas um evento simbólico e romântico de um bebezinho frágil num presépio iluminado pelas árvores de natal. Natal aponta para o Messias, o Salvador. Ou como disseram os anjos aos pastores: “Hoje vos trago boas novas de grande alegria: é que vos nasceu na cidade de Davi, o salvador que é Cristo o Senhor”.

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