O Salmista indaga: “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá
fazer o justo?” (Sl 11.3). Nesta semana assistimos mais uma vez, passiva e
apaticamente irados, o desenrolar das notícias no Congresso Nacional em Brasília.
Velhos maneirismos e “rapozices” de sagazes e inescrupulosos políticos que com
artimanha vendem votos para obterem favores e recursos com fins políticos e
pessoais. O fisiologismo vai assumindo um descaramento cada vez mais ousado,
embora saibamos que isto não é recente, já que em governos anteriores atitudes
semelhantes haviam sido tomadas, como no caso do “Mensalão”.
Mais que descaramento, o que
vemos é a destruição paulatina dos fundamentos. Moral e ética assumem ares de
cinismo, a descompostura é imensa e o grande problema é que tais atitudes criam
raízes mais profundas: os fundamentos estão estremecidos e frágeis.
Nada é mais importante num prédio
que a fundação. Uma estrutura sólida é fundamental para segurança de um edifício.
Rachaduras nas estruturas antecipam grandes catástrofes. Uma construção pode facilmente
alterar a disposição das paredes, divisórias, decoração, mas a mudança dos
fundamentos é algo profundo e muito complexo.
Corre-se grande perigo quando se
perde fundamentos, valores, princípios, caráter, honestidade e integridade. O homem
sem caráter despreza seus fundamentos, e a casa construída sobre a areia ruirá.
Temos vivido em um país que perdeu a noção da honra e vergonha. O efeito
bumerangue é implacável.
Fica o alerta para a nossa vida pessoal.
Cuidado com a fundação. Paulo disse: “Segundo
a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente
construtor...porque ninguém pode lançar outro fundamento além do que foi posto,
o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3.10,11)
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