quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Independência

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A Independência do Brasil foi certamente um passo decisivo para a autonomia do Brasil, e para as tomadas de posição como uma nação livre. Em virtude do grito da Independência ter sido forjado com base em acordos políticos e econômicos, o Brasil que já havia transferido boa parte de sua riqueza para Portugal, ainda teve que assumir a dívida imensa que a Corte Portuguesa tinha com a Inglaterra. Já começamos a independência com saldo devedor. Se a declaração da Independência não fosse “no grito”, e dada por aquele que representava Portugal (e que posteriormente abandonaria o Brasil), se fosse a conquista de um povo, certamente haveria na cultura desta nação um paradigma diferente de luta e liberdade.
A situação foi tão patética, que os países vizinhos se recusaram por muitos anos, a reconhecer a Independência do Brasil. Como é que um país se torna independente e o rei da corte invasora e dominadora continua no comando?
Estas e outras questões são boas para a nossa reflexão teológica.
Muitos querem dar o brado da liberdade, deixando ainda o governo na mão do tirano. Quando Moisés falou para Faraó que povo de Deus precisava ir para o deserto, ouviu a seguinte resposta: “Celebrem a Deus no Egito”, e, “Celebrem a Deus, mas não se distanciem demais”. Em outras palavras: Sejam livres mas no meu território, ou, sejam livres mas não saiam do meu controle. Que risco negociar com Faraó. Suas cláusulas são sempre escravizantes.
Moisés não negocia com Faraó. Nossa liberdade não pode ser condicionada a nada, porque assim diz o Senhor: “Deixa meu povo ir!” Não podemos continuar escravizados por ideias, conceitos, valores, vícios, nem à nossa vontade pervertida e emoções desestruturadas. Ao nos transferirmos para o reino do Filho de Deus, saindo do império das trevas, o diabo, o mundo, nem a carne podem mais ter o controle de nossa história. Nos tornamos livres. Servos, agora, pela vontade, apenas do Deus de amor, para servir no seu reino de amor, como súditos fieis. Inclusive trazendo os filhos e os bens para glorificar a Deus, como fez Moisés.


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