“Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente” (Rm 14.5)
Três princípios filosóficos estão muito
presentes nos dias de hoje: Pluralismo
(Para cada ponto de vista há uma multiplicidade de opiniões e valores, todos
válidos); Relativismo (Não existe
verdade absoluta. Aquilo que é considerado errado, dependendo a situação e o
contexto cultural pode ser certa); e Subjetivismo
(a verdade não está fora de você, mas dentro de você, portanto, A Palavra de
Deus não pode ser critério final da verdade). Como cristãos somos desafiados
constantemente a responder questões que exigem veredictos. Esta ambigüidade
conceitual exige de cada um de nós, um refinado preparo intelectual para
responder “a todo aquele que nos pedir razão da esperança de nossa fé” (1
Pe 3.15).
Ao examinar as Escrituras Sagradas, percebemos
que desde os dias apostólicos a igreja tem desafiada a responder questões
conflitivas e que também não eram fáceis. Por exemplo, ao escrever a carta aos
Romanos, Paulo tenta ajudar a igreja a lidar com questões que eram bem
complicadas naquele contexto. Em Roma havia muita influência pagã e muitos
deuses, exigindo oferendas de seus adoradores. No capítulo 14, ele procura
ensinar a igreja a tomar posição ética e espiritual, diante de desafios complexos
como: A pessoa pode comer carne ou deve comer apenas legumes? Existiam grupos
religiosos pagãos que defendiam a visão naturalista, e questionando o povo de
Deus. Outra questão: havia muitas oferendas a deuses pagãos e parte daqueles
animais era vendido no mercado. Um cristão poderia comprar esta carne?
Paulo afirma que existem coisas que não são
importantes em si mesmas, mas que era necessário tomar decisões baseadas na
consciência. “Aquele que tem dúvidas é
condenado se comer, porque o que faz não provém de fé, e tudo o que não provém
de fé, é pecado”(Rm 14.23), e que “Cada
um tenha opinião bem definida em sua própria mente” (Rm 14.5).
Existem coisas que estão claramente definidas
na Bíblia, mas nem tudo está definido. Nestes casos, uma vida de comunhão com
Deus, oração e bom senso podem nos ajudar bastante. Mas é importante que uma
mente iluminada por Cristo e pelo Evangelho, tome cuidado para não ferir sua
consciência e muito menos os princípios de Deus. “Seja a paz de Cristo, o árbitro em vossos corações” (Col 3.15)
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