segunda-feira, 25 de julho de 2011

Teus pecados estão perdoados

Jay Adams, conhecido terapeuta cristão, declara que boa parte de nossas doenças mentais seriam curadas se ao menos tivéssemos uma compreensão clara de que nossos pecados e culpas foram perdoados.
Vivemos numa sociedade angustiada pelo senso de culpa, ainda que o conceito de culpa/perdão esteja tão relativizado. Quantas angústias experimentamos por nos sentimos culpados?
Boa parte de nossa culpa tem história e etiologias, algumas podem ser nomeadas, possuem faces, horário, cenário e ambientação. Outras porém, são ocultas, não identificadas, confusas, geram um senso de incompletude, sentido e escondem-se nos submundos de nossa repressão e neurose das quais não temos memória identificável. Por não terem uma face, tornam-se mais cruéis. Operam como uma cortina de fumaça e se ocultam nos recônditos de nosso inconsciente. São letais, brotando em forma de sintomas que vão, desde uma simples dor de cabeça, à angústia, doenças psicossomáticas, reações alérgicas, depressão, desejo de morte, amargura com a vida e com Deus.
Por isto Jesus disse de forma enigmática a um homem paralítico: “Teus pecados estão perdoados”. Todos se assustaram com a declaração, afinal este homem, aparentemente, precisava de cura física, mas Jesus se dirige ao aspecto subjetivo de sua alma, que era pior que a doença visível. Jesus enxerga, por detrás da dor, a doença mais profunda. Os homens viam o sintoma, Jesus via a causa. Os homens analisavam o acidente; Jesus, a essência.
Existe a dor que se vê, se reconhece e se fala; mas existe a dor não diagnosticada, não dita, a dor do silêncio: Homens cuja dor não terapeutizada é a relação ambígua com a figura paterna; mulheres, silenciadas em mordaças cruéis do abuso sofrido e da violência de uma família disfuncional; o filho coisificado que experimenta a dor não expressa. Em todos estes casos, está presente a culpa gerada da impotência e amargura. Sentem-se culpados por não conseguirem dizer ou pela rejeição mordaz.
Ouvir de Deus que somos perdoados, é uma maravilhosa declaração: Libertadora, renovadora e restauradora.
Você já ouviu esta declaração de plena redenção que vem da voz do filho de Deus ao seu coração? Na cruz, uma de suas últimas palavras foi: “Está consumado!”. O significado destas palavras é o seguinte: “Não há mais culpa! Aquela duplicata de débitos foi rasgada”. Foi isto que o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, fez por nós na cruz. Ele nos redimiu. Pagou o preço de nossa liberdade.

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