“Ele (Jesus) é a imagem do Deus invisível” (Cl 1.15).
O que aconteceria se Deus descesse do céu e resolvesse caminhar no nosso meio, sem que pudéssemos reconhecê-lo? Os gregos achavam esta ideia absurda, afinal, para eles a matéria era má, e apenas o mundo dos pensamentos e do ideal era bom. Se Deus se humanizasse ele se tornaria banal e perderia sua glória.
Entretanto, não é o que lemos na Bíblia. Jesus, a imagem do Deus invisível, e a correta expressão de Deus Pai, o Logos da Vida, “tornou-se carne” (Jo 1.14). ele “é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser.” (Hb Hb 1.3) A Bíblia afirma que Jesus, “embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Fp 2.5-8)
É bem conhecido o fato de que, quando a Rainha da Inglaterra viajava, ela levava uma quantidade imensa de peças de guarda-roupa, camareiros, cabeleireiros, serviçais, comidas especiais, afinal, ela era rainha. Mas o Rei dos reis, quando decidiu assumir sua forma humana, se esvaziou, e nasceu num coxo improvisado, dentro de uma estrebaria.
Isto muda tudo. Deus não é um poder frio, distante e silencioso, mas se preocupa conosco e conhece nossas necessidades da forma mais radical possível. Ele invadiu a humanidade e fez parte da sua história. Que coisa tremenda. Deus entre nós! Ele sabe do que precisamos. Leonardo Boff comentou sabiamente: “alguém assim tão humano, só poderia ser Deus.”