sábado, 20 de abril de 2024

Há esperança para teu futuro


 

Esta é uma maravilhosa declaração de Deus ao seu povo exilado no Babilônia. (Jr 31.27) O contexto era de total desolação, desesperança e angústia. Jerusalém havia sido massacrada, a cidade ficou em ruinas, as famílias foram divididas, houve um massacre de proporções apocalípticas, os meninos que poderiam se tornar guerreiros e as meninas que poderiam se transformar em escravas foram levadas. Caos, dor e angústia eram o cenário.

Nestas circunstâncias tão adversas, Deus faz esta magnifica declaração: “Há esperança para teu futuro.”

Não são poucos que olham sua história sem qualquer perspectiva. Perderam a esperança de qualquer salvação, não acreditam em si mesmos, não acreditam em saída, e duvidam até mesmo que Deus possa fazer algo. Olham para o futuro como se houvesse diante de si nada mais que um muro de concreto, intransponível. Talvez por causa de decisões erradas, envolvimento com drogas, alcoolismo, divórcio, falência, traição, ou envolvimento com falsas religiões. É possível ter ainda alguma esperança? Podemos esperar um milagre?  

A falta de esperança aniquila o propósito da vida. Os grandes fatores da vida são: ter algo que fazer, algo para amar, e algo para esperar. “A desesperança é a derrota antecipada”. (Karl Jaspers). Quando olhamos para as circunstâncias, podemos nos desesperar, mas Deus sempre atualiza sua maravilhosa promessa: “Há esperança para teu futuro.”

Rev. Samuel Vieira

Cinco razões para não contribuir?



Em geral, falamos das razões para contribuir financeiramente com a nossa igreja local. Apesar dos argumentos bíblicos e lógicos, muitos ainda não conseguem contribuir de forma espontânea, regular, proporcional e com alegria. Então, é de se supor que existam motivos emocionais e teológicos que justifiquem tais atitudes. Muitas pessoas contribuem sempre, regularmente e temos alguns membros da nossa igreja que já contribuem por 50 anos, mensal e fielmente, para os projetos da igreja. A igreja se mantém por estas disposições generosas. Alguns ficam 50 anos na igreja e isto não os desafia.


Deixe-me apresentar cinco razões que justificam:


1.        Razão de ordem lógica: “Não me sinto parte desta igreja, portanto não sou responsável pelo seu sustento.” Esta razão faz todo sentido. Alguns não creem que manter as dependências da igreja, ministérios, pessoal, impostos e obra missionária não é sua responsabilidade, uma vez que são apenas visitantes. Apesar de receberem todos os benefícios eles são de outro lugar.


2.        Razão de ordem emocional: “Não gostei da forma como fui tratado por um membro da igreja ou pelo pastor.” Por não ter recebido o apoio que julgo ser merecedor, nem a atenção necessária, me frustrei e agora decido retribuir com as mesmas disposições (ou indisposições) recebidas. Em geral, a discordância com um dos pastores é suficiente para muitos não trazerem seus dízimos. Isto é bem mais comum que imaginamos.


3.        Razão de ordem prática: “Não confio na forma como a liderança administra os recursos da igreja.” Ora, se eu acredito que os pastores e lideres são infiéis na administração dos recursos, por que eu deveria contribuir? É um contrassenso. Na verdade, torna-se difícil até mesmo continuar frequentando uma igreja cuja liderança é infiel.


4.        Razão de ordem Bíblica: “Não encontro base bíblica, nem no Antigo, nem no Novo Testamento, para ser dizimista.” Ora, se eu decido obedecer a Bíblia e ela não ensina este princípio, eu serei incoerente em fazer algo que a Bíblia não manda fazer. Ainda que eu receba todos os benefícios dos ministérios da igreja pelo fato de outros interpretarem de forma diferente, eu não posso, por razão de minha consciência, contribuir. Por isto me recuso a ser dizimista: Por uma razão Bíblica. Dízimo é falsa doutrina.


5.        Razão de ordem teológica: “Alguns intérpretes bíblicos questionam esta prática e sou bastante esperto em teologia sistemática para saber que há controvérsias acerca deste assunto.” Depois de ler alguns autores, conservadores e liberais, eu adotei uma postura liberal sobre este assunto e me recuso a contribuir.


Obviamente todas estas razões acima nao encontram suporte bíblico, nem exegético, nem racional. Apesar disto, uma grande parte da igreja não contribui de forma generosa, espontânea, sistemática, generosa e proporcional como afirma a Bíblia. Que pena! Como as igrejas e o reino de Deus deixam de avançar quando membros infiéis decidem nao obedecer a uma ordem direta e simples da Palavra de Deus. 

Rev. Samuel Vieira

A alegria de uma igreja que cresce




Ontem a liderança da igreja teve mais uma abençoada reunião dando as boas-vindas às pessoas que chegaram recentemente a nossa igreja. Como sempre acontece, é um tempo de celebração e alegria.

O livro de Atos dos Apóstolos, narra com alegria o crescimento exponencial da Igreja primitiva nas décadas seguintes à ascensão de Cristo. A partir de Jerusalém, as pessoas se convertiam e se batizavam e os apóstolos registram cada um destes eventos com grande alegria, Em Atos 2.41, houve um acréscimo no dia do Pentecoste, de quase três mil pessoas. Em Atos 4.4 lemos: “subindo o número de homens a quase cinco mil.” A mesma alegria pelo crescimento da igreja é registrada em At 6.1; 6.7; 8.6; 12.24; 16.5; 17.4; 21.20. A Igreja primitiva não era numerólatra, mas também não era numerófica.

A igreja crescia por causa da pregação genuína do Evangelho, pelo testemunho dos cristãos, pelos milagres e sinais, pela ação poderosa do Espírito Santo. O surgimento de novas igrejas gerava transformação social, promovendo valores como amor, justiça, paz, compaixão e influência cultural, desafiando valores pagãos e promovendo uma nova visão de mundo.

O crescimento das igrejas gera expansão do Reino de Deus, e isto é motivo de grande alegria, pois representa a realização do propósito divino para a igreja, traz fortalecimento à comunidade local. Uma comunidade vibrante proporciona ambiente acolhedor para o crescimento espiritual e a vivência da fé e multiplicação de dons e talentos:

O grande proposito, entretanto, é a honra e glória a Deus. A multiplicação de membros e recursos é importante, mas se tudo isto não redunda na honra e glória ao nome de Deus, certamente o ponto essencial de ser igreja está se perdendo. O crescimento da igreja não se refere apenas de números e de recursos, mas de transformação de vidas, expansão do Reino de Deus e acima de tudo, glória ao nome de Cristo.

Rev. Samuel Vieira