sábado, 8 de maio de 2021

Discipulado Barato



Quem cunhou a expressão “Discipulado Barato”, foi um dos mártires mais conhecidos do cristianismo no Séc. XX: Dietrich Bonhoeffer. Sendo um pastor, discordou veemente da política nazista da supremacia ariana e da perseguição cruel movida contra os judeus e grupos de oposição. Foi preso e condenado à morte sendo executado a tiros uma semana antes da queda do Terceiro Reich. 

Para ele, “discipulado barato” é a fé sem compromisso. A fé que considera a graça de Deus uma graça barata, que não valoriza as coisas espirituais e não se compromete com o reino de Deus. 

Por vaidade, Davi ordenou um recenseamento em Israel. A Versão contemporânea “A mensagem” (Eugene Peterson), dá a entender que o problema de Davi foi colocar sua confiança nos números, e não em Deus (2 Sm 24.10). Isto trouxe graves consequências para Israel, e o profeta ordena a Davi que faça um sacrifício numa região fora de Jerusalém. Quando ele chega àquele lugar e diz ao proprietário que precisava fazer um sacrifício, este ofereceu seus animais para a oferta do rei, mas Davi respondeu: “Não oferecerei ao Senhor, sacrifício que não me custe nada” (2 Sm 24.24).

Esta é uma questão essencial na fé cristã. Quanto você sacrifica por suas convicções? Você entende que seguir a Cristo tem um custo apesar da salvação ser através da graça? Você tem disponibilizado sacrificialmente seus bens e seu tempo para adoração? 

Não há adoração que não tenha um preço. Fé que não exige nada não vale nada! É “discipulado barato”. O descompromisso com o reino de Deus exige doação, entrega, compromisso. Compromisso com Deus exige muitas vezes até mesmo o martírio. Você entende isto?

O Século da Ansiedade



Na década de 70, um conhecido e popular psicólogo, Rollo May, fez a afirmação de que o Século XX era o século da Ansiedade. Certamente foi o que ele diagnosticou ao observar tantos pacientes com grandes dificuldades para lidar com as questões da insegurança quanto ao futuro: O que acontecerá comigo? Com meus filhos? Com as finanças, com o futuro, com a velhice... e a morte? 

Na verdade, ansiedade é uma pré-ocupação. Ela nos leva a ser consumido por algo que ainda não aconteceu, e eventualmente pode nem acontecer. 80% dos temores que hoje nos afligem, não terão nenhuma consequência. Gostei de uma recente afirmação que ouvi: “Depressão é excesso de passado. Estresse, excesso de presente e ansiedade, excesso de futuro”.   

A Bíblia nos dá uma receita simples para vencer a ansiedade: “Não andeis ansiosos por coisa alguma, em tudo, porém, sejam conhecidas de Deus as vossas petições e súplicas”. A fórmula é: transforme sua ansiedade em oração! Quando fazemos assim, deixamos de ter os problemas nas nossas mãos e os colocamos nas mãos de Deus. Afinal, só ele tem o controle da história.

Paul Meyer, faz três perguntas que nos ajuda quando lidamos com ansiedade:

1. Todos os dados estão sobre a mesa? Isto é, eu tenho todas as informações que preciso para lidar com este assunto?

2. Eu realmente quero me preocupar com isto? Este é o tema que deixarei dominar minha mente?

3. A minha ansiedade é bíblica e aceitável? Deus me autoriza a ficar ansioso?


Ele afirma que, mesmo quando passamos pelas duas perguntas essenciais, não conseguimos passar na terceira.