Um dos textos mais curiosos e surpreendentes das Escrituras Sagradas encontra-se em 1 Sm 2.8: “Deus anima os esgotados com nova esperança” (Versão A Mensagem- Eugene Peterson). A versão Revista e Atualizada traduz assim: “Levanta o pobre do pó e, desde o monturo, exalta o necessitado”.
Parei para refletir sobre a expressão “nova esperança”. Muitas vezes a esperança que carregamos é uma esperança velha, desgastada com o tempo, que perdeu sua capacidade de se renovar e atualizar em nosso coração. Alimentamos velhas esperanças que não correspondem aos novos desafios que enfrentamos.
Há uma esperança que é sempre renovada. A esperança da glória eterna prometida por Cristo Jesus. Esta velha esperança sustentou gerações, animou mártires, encorajou a igreja perseguida, se revelou eficaz na luta contra o cinismo, a descrença e a dúvida. O apóstolo Pedro chama esta esperança de “viva esperança”, que contrasta com uma esperança morta, sem relevância. Precisamos de uma viva esperança.
A nova esperança é aquela que é capaz de se atualizar. Não é baseada num Deus de segunda mão, nem se fundamenta na fé de nossos pais e de outras pessoas de fé, mas que é vivida por nós mesmos e se torna nova, porque é resultado de nossa experiência, não do ano passado, mas que se renova hoje, na caminhada de fé, de oração, de vida com Deus. Esta esperança anima os esgotados. Nos dá força para enfrentar as lutas de hoje, nos faz crer num novo amanhã.