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Um pensamento natural na mente humana quando se fala de pecado é a compreensão do mal individual. Pouco refletimos sobre os pecados cometidos por uma sociedade, que são os “pecados
da comunidade” e “pecados de gerações”. Interessante refletir sobre isto,
porque muitas vezes pensamos em pecado apenas na dimensão individual, mas nos
esquecemos que uma nação, uma igreja, uma cultura, uma família, pode, por sua
cosmovisão, estar ferindo profundamente a Deus.
Pense,
por exemplo em Sodoma e Gomorra. A Bíblia afirma que quando os anjos chegaram
para advertir a Ló que Deus enviaria juízo sobre aquele povo, os homens da
cidade, “tanto velhos como jovens”, queriam derrubar a porta da casa de Ló para
abusar dos estrangeiros que estavam na cidade. Esta narrativa é séria, porque a
perversão daquela cidade não era setorizada, não existia apenas um grupo de
adolescentes baderneiros, mas pessoas de todas as idades tinham a mesma
predisposição para o mal e para a perversidade.
No
sermão escatológico de Jesus, em Mateus 24 e 25, ao falar do grande julgamento
Jesus afirma: “...e todas as nações serão
reunidas em sua presença” (Mt 25.32). Alguns comentaristas acreditam que,
mais que pecado individual, Deus julgará os pecados de um povo inteiro.
Daniel,
ao fazer confissão de pecados, fala em nome da nação de Israel: “Temos pecado e cometido iniquidades,
procedemos perversamente e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e
dos teus juízos” (Dn 9.5). Ele está se referindo à nação judaica, que
comunitariamente, tinha se afastado de Deus. Então, o pecado pode ser
sistêmico, endêmico e pandêmico. Famílias e igrejas, nações inteiras, podem
estar alinhadas na sua cultura contra Deus, trazendo juízo sobre si mesmas.
Que
Deus nos ajude, comunitariamente, a sermos famílias, e igreja que traga alegria
e louvor ao coração de Deus, e não pesar e tristeza. Que manifestemos em todo o
lugar o bom perfume de Cristo.
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