Não
apenas cometemos pecados “comunitários”, mas cometemos também pecados com as
próximas gerações.
A
geração atual pode ser positivamente influenciadora ou perniciosa para a
próxima geração. Quando ouço os mais saudosistas reclamarem da geração “millenial”, eu tenho uma resposta
pronta: “Esta geração é subproduto da nossa geração”. Nós a formamos. Nós, em
algum nível consciente ou não, influenciamos sua forma de pensar e agir. Talvez
a geração atual não nos imite, então, aprenderam por contraste, seu aprendizado
foi uma espécie de resposta reativa ao que viram em nós, e não gostaram.
Quando
Josué convoca a liderança de Israel para dar um ultimato em relação ao
compromisso com o Deus de Israel, ele disse que o povo deveria escolher a quem
serviria, se aos deuses do Egito, do Eufrates ou de Canaã ou ao Deus de Israel.
Josué reafirmou suas convicções: “Eu e
minha casa serviremos ao Senhor (Yawé)”. Sua preocupação era pertinente,
porque, logo após à sua morte, o relato sobre a situação espiritual do povo se
tornou deprimente:
“Foi também congregada a seus pais toda
aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o
Senhor, nem tampouco as obras que fizera a Israel. Então, fizeram os filhos de
Israel o que era mau perante o Senhor, pois serviram os baalins (deuses
falsos)” (Jz 2.10-11).
A
geração seguinte, “não conhecia o
Senhor”, isto é, não teve uma experiência pessoal com Deus. Esta deve ser
uma preocupação séria da família e da igreja. Nossos filhos estão conhecendo a
Deus? Mas isto se deu, porque “não
ouviram falar das obras que o Senhor fizera a Israel”. Os filhos não foram
ensinados. As verdades sobre Deus não foram transmitidas.
Muitas
pessoas que hoje amam a Deus não estão preparando seus filhos para amar a Deus.
Eles não tem compromisso pessoal com as verdades do Evangelho, não tem
compromisso com a igreja local, não investem seus talentos e recursos na obra
de Deus, e não se envolvem com o avanço da obra missionária. Estão desiludidos
com a igreja e com o reino de Deus. Como chegaram a este ponto? Os pais não
transmitiram as verdades fundamentais da fé cristã.
Este
filme já conhecemos bem na Europa secularizada, da geração pós cristã. As
igrejas do Velho Mundo estão morrendo, e a fé cristã pouco influencia a
cosmovisão desta geração. As famílias não transmitiram a fé cristã.
Este
é um grave pecado que não podemos cometer em relação à próxima geração.
Precisamos atentar para que nenhum dos nossos filhos e netos se percam. Isto
precisa se transformar numa “santa obsessão” de nossa alma e orações.
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