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O
livro de Deuteronômio recorda os eventos no meio do povo de Deus e repete as
leis para que assim se firmassem no coração daquela geração. Um comentário
aparentemente fortuito chama a atenção: “Murmurastes
nas vossas tendas e dissestes: Tem o Senhor contra nós ódio; por isso nos tirou
da terra do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus e destruir-nos”
(Dt 1.27).
Deus
se refere aos comentários do povo de Israel que se davam dentro de suas casas.
Deus viu a murmuração e a falsa impressão que os pais davam aos seus filhos de
que Deus não era aliado, mas inimigo. Os comentários no interior de suas tendas
estavam formando a concepção que aquela futura geração teria sobre Deus. Não
sem razão, o livro de Juízes vai descrever a geração seguinte da seguinte
forma:
“...outra geração apos eles se
levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as obras que fizera a
Israel... deixaram o Senhor, Deus de seus pais, que os tirara da terra do
Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos gentios que havia ao
redor deles, e os adoraram, e provocaram o Senhor à ira” (Jz 2.10,12).
O
que falamos dentro de casa é muito importante. São os comentários feitos no dia
a dia, no tempo que passamos juntos, ou ao redor da mesa que formam a
cosmovisão, ética e compreensão de Deus no coração dos filhos.
O
povo de Israel murmurava contra Deus. E ainda mais grave, criou em seus filhos
uma falsa concepção de que Deus os odiava. Esta suspeita plantada em seus
corações seria fatal para a próxima geração.
O
que estamos dizendo em casa? Temos atitude de murmuração ou de gratidão? O que
dizemos inspira fé em nossos filhos ou os distancia de Deus? A próxima geração
amará ou terá uma relação de suspeita contra Deus? Nossos filhos serão crentes
fieis ou se apostarão da fé? Nossos comentários, no interior das nossas “tendas” são decisivos para promover a fé ou
distanciar nossos filhos de Deus.
O
que estamos fazendo?