quinta-feira, 29 de março de 2018

Recuperando a Páscoa




Nada de coelho... nada de ovos... 
Páscoa fala do Cordeiro e do sangue.

Não há pecado algum em você comprar um ovo de páscoa e dar a alguém que ama, mas procure deixar uma mensagem anexa que fale do que Cristo fez por ela. Se for para seus filhos, você tem a grande oportunidade de antes de entregá-lo, explicar o verdadeiro sentido da Páscoa.

Existem vídeos para todas as idades que podem ser encontrado nas redes sociais. Ao dar o ovo da páscoa para seus filhos, que tal se você descobrir um vídeo e dizer que só dará depois de o ouvirem? Isto pode ser dinâmico e criativo e crianças até mesmo gostam deste jogo de suspense.

Não perca o Cordeiro de vista diante da enxurrada de coelhos que são expostos nas vitrines dos shoppings e nos supermercados. O coelho é o intruso que tenta roubar a cena. Certamente esta estratégia de marketing tem um objetivo claro: esconder a figura do Cordeiro.

Páscoa tem a ver com o sacrifício perfeito que o Cordeiro de Deus fez a favor da humanidade. Quando ele, assumiu nosso lugar e nos redimiu, pagando um alto preço pelas nossas vidas. O Cordeiro precisa ser o centro. O Cordeiro é o sentido da páscoa.  Sem o Cordeiro não há páscoa. Se retirarmos o coelho, ele não fará falta alguma, já que não tem nada a ver com a história.

O coelho é papagaio de pirata.

O Cordeiro é o centro e o sentido da Páscoa.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Orando pela cidade


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Samuel Kamaleson, pregador metodista da Índia, e vice presidente mundial da Visão Mundial, fez uma análise exegética surpreendente de Gn 18.22 “...Abraão permaneceu na presença do Senhor”, a 300 pastores reunidos em Ahmadabad, Índia. Em Gn 18, Abraão é visitado por três homens que predizem o nascimento de Isaque e anunciam a destruição de Sodoma (Gn 18.20-21). Estes homens eram manifestações trinitárias e os comentaristas falam de uma “teofania cristológica”, isto é, Jesus se manifestando historicamente como homem. De acordo com Gn 18.22, Abraão permaneceu de pé diante do Senhor, conversando com Deus e intercedendo pelas cidades. Kamaleson afirmou que os manuscritos mais antigos afirmam que foi o Senhor quem permaneceu em pé diante de Abraão, e não o contrário. Teria tal afirmação comprovação hermenêutica? Isto faz alguma sentido e diferença?

Sua opinião é apoiada por notáveis exegetas como Speiser e Gerhard Von Rad. Gn 18, neste caso, torna-se um texto tremendo para mostrar o amor de Deus pela cidade, e o papel fundamental da igreja na intercessão. Ao ficar na presença de Abraão, era como se o Senhor advogasse a necessidade de Abraão clamar pelo livramento da cidade. Depois de comunicar a destruição, Deus ficou em pé, aguardando seu pedido em favor da cidade silenciosamente dizendo: “Eu ouço os pedidos de meu povo, por isto Abraão, clame!”. E quando ele clamou, Deus lhe atendeu o pedido pelos cinquenta. O mesmo aconteceu quando ele falou de 40, 30 e 20 e 10 justos. Todos seus pedidos foram atendidos, nenhum foi negado.

Uma pergunta teológica fica no ar: E se Abraão clamasse considerando a presença de quatro justos, isto é, a família de Ló, Deus ainda assim livraria a cidade? O texto demonstra que Abraão para de interceder quando chega a 10 pessoas e todas as vezes que pediu, Deus lhe atendeu. Não faltou misericórdia em Deus, mas ousadia em Abraão. Tudo quando Abraão pediu, Deus concedeu, mas ele parou de orar.

Que Deus nos dê ousadia suficiente para estar na cidade e não deixar de clamar. Será que estamos dispostos a interceder ousadamente pela nossa cidade?