domingo, 17 de dezembro de 2017

Pequei, traindo sangue inocente!



A vida de Judas é uma demonstração clara de que podemos ter as melhores oportunidades, frequentar os ambientes mais sagrados, participar dos eventos mais sublimes, e ainda assim, caminhar na direção da auto destruição e morte.

Ele fez parte de um grupo seleto de discípulos de Jesus e chegou a ocupar função proeminente no já seleto grupo dos apóstolos, assumindo a tesouraria, talvez por sua capacidade de administrar melhor os recursos e possuir certo expertise em finanças.

Judas, entretanto, fez escolhas morais e espirituais profundamente danosas. Sendo tesoureiro administrava desonestamente os recursos que não eram dele. Como discípulo, não apenas rejeitou e desprezou tudo o que aprendeu e viu, mas ainda traiu seu amigo e mestre Jesus, por trinta moedas de prata.

Ao perceber seu erro, consumido pela dor e remorso, não procurou aquele que fora diretamente ofendido, mas dirigiu-se aos seus parceiros da iniquidade. Seu lamento foi em vão. Não encontrou solidariedade nem misericórdia da parte deles. Não é assim que se dá na vida real? Quando ouviram sua dor e confissão: “Pequei, traindo sangue inocente!” A resposta dos seus amigos ímpios foi implacável: “Que nos importa, isto é contigo!” em outras palavras: “E dai? Que temos a ver com isto?” Judas sente-se só e sua alma entra no deserto mais profundo associando culpa e rejeição. Joga as moedas no chão e comete suicídio.

Devorado pela culpa e fracasso depois de termos feito decisões morais e espirituais equivocadas, ainda existe outro caminho mais devastador: Esperarmos misericórdia dos amigos da iniquidade.

A Bíblia recomenda outro caminho: “Vinde, pois, e arrazoemos. Pois ainda que nossos pecados estejam vermelhos como o carmesim, eles se tornarão brancos como a neve” (Is 1.18). O apóstolo João também afirma: “O sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado” (1 Jo 2.1).

Corramos para Aquele que pela sua infinita graça e misericórdia, pode socorrer aos que perderam a razão e a noção da sua própria história. Corramos para Deus em quem encontramos perdão e cura.

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