Nas reflexões desta semana estava
considerando as necessidades da igreja que pastoreio em Anápolis. Sei que
alguns irmãos lutam com enfermidades, lutos, problemas de família, sobrevivência
financeira, tentações, depressões e angústias. No cenário político, 2017 foi um
ano de revelações espalhafatosas, de abusos de poder e de recursos públicos,
muitas acusações contra grandes líderes, falta de segurança pública, de recursos
para educação e saúde. Precisamos de muita coisa. Temos muitas necessidades.
Apesar de todas estas evidências acredito
que o grande desafio não é o que acontece ao nosso redor, mas o que tem
acontecido dentro de nós. Quando a Igreja Primitiva começou a ser perseguida em
Atos 4, a oração dos irmãos não foi para que a oposição diminuísse, mas para
que eles estivessem alinhados com o propósito de Deus para aquele momento. “Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e
concede aos teus servos que anunciem com toda intrepidez a tua palavra” (At
4.29).
Eles oram por fortalecimento
interior. Eles pedem poder de Deus para o enfrentamento e desafios que tinham
diante de si. Eles não oram para que a tribulação acabe, nem para que a situação
mudasse, mas para que tivessem ousadia para se firmarem na palavra e com
intrepidez anunciá-la.
Precisamos de poder. Não poder
para mandar e dominar. Mas poder para enfrentar desafios, construir o reino de
Deus, permanecer forte no dia mau, enfrentar tribulações e tentações, ser santo
e íntegro, ter fidelidade e caráter. Precisamos de poder espiritual para
glorificarmos a Deus nestes dias. O que mais precisamos não é de algo humano,
nem de mais recursos financeiros, mas de graça e poder de Deus. Coragem e
ousadia para permanecer firmes.