quarta-feira, 19 de abril de 2017

Crente carnal?



Já ouviram a expressão “crente carnal”? 

Ela é usada para se referir a pessoas que são de igreja, eventualmente líderes, mas cujo procedimento é dúbio, que possuem um comportamento cristão questionável. Esta expressão é extraída de 1 Co 3.1: “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo” . Lamentavelmente alguns até justificam sua vida de pecado, usando equivocadamente este texto.

É possível realmente ser um “crente carnal”, que oscila entre a vida do Espírito e a transitando na prática do pecado?  Haveria, de fato, esta classe intermediária, que nem é incrédula, porque crê; e nem é realmente crente, porque é dominada pelos desejos da carne? Pessoas que receberam o Espírito Santo, mas cujas vidas são dominadas pelo pecado?

Mark Dever afirma: “Penso que uma maneira mais natural de interpretar este versículo é que Paulo está envergonhando seus leitores, chamando esses cristãos egoístas de mundanos, e para isto usa um oximoro, que é a junção de duas palavras que não deveriam ser usadas juntas. Nesse sentido, um crente carnal seria como um gelo quente. Seu propósito é não fazer qualquer sentido. Paulo está dizendo: “Saiam de cima do muro! Vocês estão vivendo de modo diferente do que professam ser. Não podem fazer isso. Esses cavalos seguem direções opostas – então, montem um ou ao outro”.

Como bem afirmou o Rev. Walmir Soares: “Não existem crentes vagabundos. Existem alguns vagabundos que se dizem crentes!”


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