Vivemos dias em que a individualidade e independência se tornaram inegociáveis. As pessoas não querem “dar satisfação” a ninguém e nem querem “se explicar”. A falta de compromisso tem afetado os relacionamentos interpessoais e estruturas familiares. Queremos viver por nós mesmos, do jeito que queremos, afinal, julgamos ter direito à privacidade.
Esta é uma das razões pela qual muitos hesitam e se tornam resistentes em se filiar a uma igreja. Acreditam que possam viver a sua fé de forma autônoma. Poucas coisas são tão antibíblicas como esta.
A Igreja faz parte do plano central no projeto de Deus. Jesus tomou a iniciativa e se comprometeu em “edificar sua igreja” (Mt 16.18). Ele está envolvido em formar um povo para louvor e glória do seu nome. A Bíblia não fala de chamado individual, mas de uma comunidade, na qual as pessoas seriam discipulados e batizadas (Mt 28.18-20). Não podemos desenvolver nossos dons, sermos batizados e encorajar uns aos outros à obediência senão por meio de uma igreja local. Não dá para participar da ceia do Senhor, sem compromisso com um corpo local, tangível e histórico.
Outro aspecto que devemos considerar é que amar uns aos outros não é para ganhar pontos extras no céu. É uma ordem! Precisamos amar e cuidar uns dos outros (Gl 6.10; Rm 15.1;Rm 12.13), todas estas coisas exigem de nós certo compromisso comunitário, e eventualmente é algo cansativo, mas como encorajar se não nos unimos uns aos outros?
Por que as pessoas desaparecem da igreja? São muitas as razões: Vida de pecado, esfriamento espiritual, decepção com liderança, apostasia, preguiça e negligência, desejo de vida autônoma, equivoco teológico. Seja como for, todos estes motivos conspiram contra a unidade da igreja e a recomendação de Jesus sobre a sua própria igreja.
O autor da carta aos hebreus afirma: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes façamos admoestação, tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima” (Hb 10.24-25). É interessante observar que, já naqueles dias, alguns julgavam ser possível ser cristão sem compromisso comunitário. Esta prática é herética, equivocada e antibíblica.
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