“Põe guarda, Senhor, à
minha boca;
Vigia a porta de meus lábios”
(Sl 141.3)
Que oração urgente e necessária!
Não é fácil ter sabedoria naquilo que dizemos.
Somos rápidos para julgar, prontos para acusar, falamos da
forma certa na hora errada; na hora certa de forma errada; atropelamos as
pessoas com nosso senso de justiça, ferimos com palavras, acusamos, gritamos,
xingamos, blasfemamos...
O Salmista pede para que Deus coloque guardas na sua boca. Esta
é uma oração muito séria. Guarda é aquele que é designado para proteger,
cuidar, vigiar, e ele pede a Deus para que coloque um guarda exatamente nos
seus lábios.
O apóstolo Tiago afirma: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no
falar é perfeito varão, capaz e refrear também todo o corpo” (Tg 3.2).
É fácil distinguir o homem sábio. Basta prestar atenção na
forma que fala e o que fala. Geralmente o sábio ouve mais e fala menos; edifica
ao invés de destruir; reflete e pondera mais sobre o que diz; abençoa e não amaldiçoa.
São capazes de refrear todo impulso emocional que sai de dentro e que brotam de
seu íntimo.
Esta é a oração de Davi: “Põe
guarda, Senhor, à minha boca”. Ele percebe sua necessidade de colocar
cadeados e proteção, senão corre o risco de desembestar-se, falar coisas no
impulso e dizer aquilo que nunca poderia nem deveria ser dito.
Rev. Samuel Vieira