C. John Miller conta que estava
tomando um lanche no aeroporto com um colega quando um banqueiro se aproximou
deles, e durante a conversa fez a seguinte afirmação: “Eu não frequento mais
nenhuma igreja, porque nunca ouvi um sermão que não me levasse a pensar que
estavam falando de mim”. Depois de alguns minutos de conversa, percebendo a agitação
e inquietação daquele homem, Miller lhe disse: “Você me dá impressão de ser profundamente
ansioso”, e ele então, sorrindo respondeu: “como o senhor sabe disto?”. E o
velho missionário respondeu: “Quando você deixou de ir à igreja, você o fez
porque decidiu ter o controle de sua vida, e não Deus. Este desejo de autocontrole
é uma fábrica de ansiedade, porque, na realidade, nenhum ser humano é capaz de
fazer isto”.
A vida cristão tem muitos paradoxos.
Por exemplo, quem quer preservar a sua vida, perdê-la-á; Quem luta por ter o
controle, se perde. As Escrituras nos ensinam que há grande alívio na alma
quando desistimos de controlar coisas, pessoas e circunstâncias e nos
submetemos a Deus. A patética e obsessiva ansiedade acontece porque não submetemos,
realmente, planos, desejos e sonhos ao controle do Pai celestial.
Experimente transformar sua
ansiedade em oração, seu controle (ou tentativa de controle) em dependência.
Deus afirma: “em vos converterdes e em
sossegardes, está a vossa salvação, mas não o quisestes”. É libertador se
render a Cristo, e desesperador tentar controlar o evento e o futuro.
A oração de Jesus expressa esta
dependência: “Não a minha vontade, mas a tua”. Render-se e abrir mão do
controle pode parecer anacrônico e, para alguns, até mesmo ridículo, mas é
neste paradoxo da entrega e da submissão à Deus que se encontra a fonte inesgotável
de alegria, prazer e descanso.
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