sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Quem está no controle?

C. John Miller conta que estava tomando um lanche no aeroporto com um colega quando um banqueiro se aproximou deles, e durante a conversa fez a seguinte afirmação: “Eu não frequento mais nenhuma igreja, porque nunca ouvi um sermão que não me levasse a pensar que estavam falando de mim”. Depois de alguns minutos de conversa, percebendo a agitação e inquietação daquele homem, Miller lhe disse: “Você me dá impressão de ser profundamente ansioso”, e ele então, sorrindo respondeu: “como o senhor sabe disto?”. E o velho missionário respondeu: “Quando você deixou de ir à igreja, você o fez porque decidiu ter o controle de sua vida, e não Deus. Este desejo de autocontrole é uma fábrica de ansiedade, porque, na realidade, nenhum ser humano é capaz de fazer isto”.  

A vida cristão tem muitos paradoxos. Por exemplo, quem quer preservar a sua vida, perdê-la-á; Quem luta por ter o controle, se perde. As Escrituras nos ensinam que há grande alívio na alma quando desistimos de controlar coisas, pessoas e circunstâncias e nos submetemos a Deus. A patética e obsessiva ansiedade acontece porque não submetemos, realmente, planos, desejos e sonhos ao controle do Pai celestial.

Experimente transformar sua ansiedade em oração, seu controle (ou tentativa de controle) em dependência. Deus afirma: “em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação, mas não o quisestes”. É libertador se render a Cristo, e desesperador tentar controlar o evento e o futuro.

A oração de Jesus expressa esta dependência: “Não a minha vontade, mas a tua”. Render-se e abrir mão do controle pode parecer anacrônico e, para alguns, até mesmo ridículo, mas é neste paradoxo da entrega e da submissão à Deus que se encontra a fonte inesgotável de alegria, prazer e descanso.

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