quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Deus é surpreendente!


Naum é um dos menores livros da Bíblia, e foi escrito para denunciar o imperialismo e totalitarismo de uma arrogante e impiedosa cidade, Nínive, capital da Assíria. Por se tratar de um tema tão incomum, isto já nos surpreende: um livro das Escrituras escrito para confrontar governo autoritário, não é incrível? E é também neste pequeno livro que encontramos a seguinte afirmação sobre Deus: “O Senhor tem o seu caminho na tempestade e na tormenta, e as nuvens são o pó de seus pés”.

Na verdade, Deus é assim! Ele anda pelas estradas do paradoxo, do desencontro, dos vendavais. Constrói inesperadas estradas e usa extraordinários meios surpreendendo as projeções humanas. Deus não se limita às categorias aristotélicas de tempo e espaço, contraria as previsões da biologia e da ciência, e não anda pelo óbvio. Por sustentar todas as coisas pela sua Palavra, Ele se articula e movimenta por onde não esperamos, seus caminhos são imprevisíveis.

Ele não usa o que achamos viável e lógico, nem transita pelas rotas da normalidade e do comum. Não tem mais vinho? Ele não diz para irem ao supermercado renovar o estoque, mas faz da água, vinho da melhor qualidade. Quando Filipe se vê diante de uma multidão faminta, ele pergunta a Jesus onde deveria comprar pão, e Jesus o surpreende ordenando que as pessoas se assentem na grama e as alimenta. Filipe indaga quantos denários seriam necessários. Sua preocupação era com os recursos, a logística e a viabilidade: Onde, Quanto? Não é assim conosco?

Por isto, o grande mistério da fé é que ela não focaliza nos métodos e estratégias. O importante não é como, nem quanto, onde, quando mas Quem. O fundamental não depende de estratégia, nem de jeito, mas de uma pessoa.

Deus resolve revelar seu poder em situações prá lá de incomuns: Na gravidez de Sara aos 90 anos, quando já não tinha mais ovulação; na gravidez de Maria, que nunca tivera relações sexuais com um homem, afinal: “Existe alguma coisa demasiadamente difícil para mim?”


Limites humanos são possibilidades da demonstração do poder de Deus. Por esta razão, milagres transitam pelo extraordinário, e não pela linha do óbvio e da normalidade. Por isto, mesmo na linha do desespero e da dor, os prognósticos não são definitivos, e sim as palavras de Jesus de Nazaré. A última palavra é dele, e por isto sempre haverá lugar para o inusitado e o surpreendente. 

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