O anjo Gabriel apareceu para uma
jovem na pequena e esquecida cidade de Nazaré, na Galileia dos gentios, nome
pejorativo que os judeus davam a esta pobre região, uma espécie de “Baixada Fluminense”,
e lhe dá a seguinte mensagem: “Eis que
conceberás e dará a luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus” (Lc
1.31).
A resposta de Maria foi instantânea:
“Como será isto, pois não tenho relação com
homem algum?” (Lc 1.34). Seu questionamento é o mesmo que ainda hoje surge
no coração inquieto do homem do Século XXI. Queremos saber os métodos e
estratégias que serão usados para nos sentirmos seguros, que equação poderá ser
aplicada à necessidade que temos de racionalidade.
“Como será isto?” é uma pergunta metodológica. Que mecanismo Deus
usará para que tal promessa se torne realidade? Como Deus lidará com situações aparentemente
insolúveis? Queremos saber o “como” de Deus. A resposta do anjo, porém, não focaliza
nos processos, mas em Quem. “Porque, para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lc
1.37). A questão fundamental não é o método, mas o agente. Não o “como”, mas “Quem”.
Como isto se resolverá? Como lidar
com a perda, a dor, a falência. Todas estas perguntas se referem aos meios. Se olhássemos
para Deus, ficaríamos mais serenos.
Foi o que aconteceu a Maria.
Quando o Anjo disse que isto era obra de Deus. “Descerá sobre ti o Espirito Santo, e conceberás”, ela se submeteu
obedientemente. “Aqui está a tua serva,
que se cumpra a Sua vontade”. Quando ela sabe que é Deus que está por
detrás do anúncio, seu coração encontra paz e esperança.
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