domingo, 13 de dezembro de 2015

Como será isto?


O anjo Gabriel apareceu para uma jovem na pequena e esquecida cidade de Nazaré, na Galileia dos gentios, nome pejorativo que os judeus davam a esta pobre região, uma espécie de “Baixada Fluminense”, e lhe dá a seguinte mensagem: “Eis que conceberás e dará a luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus” (Lc 1.31).

A resposta de Maria foi instantânea: “Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?” (Lc 1.34). Seu questionamento é o mesmo que ainda hoje surge no coração inquieto do homem do Século XXI. Queremos saber os métodos e estratégias que serão usados para nos sentirmos seguros, que equação poderá ser aplicada à necessidade que temos de racionalidade.

Como será isto?” é uma pergunta metodológica. Que mecanismo Deus usará para que tal promessa se torne realidade? Como Deus lidará com situações aparentemente insolúveis? Queremos saber o “como” de Deus. A resposta do anjo, porém, não focaliza nos processos, mas em Quem. Porque, para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lc 1.37). A questão fundamental não é o método, mas o agente. Não o “como”, mas “Quem”.

Como isto se resolverá? Como lidar com a perda, a dor, a falência. Todas estas perguntas se referem aos meios. Se olhássemos para Deus, ficaríamos mais serenos.

Foi o que aconteceu a Maria. Quando o Anjo disse que isto era obra de Deus. “Descerá sobre ti o Espirito Santo, e conceberás”, ela se submeteu obedientemente. “Aqui está a tua serva, que se cumpra a Sua vontade”. Quando ela sabe que é Deus que está por detrás do anúncio, seu coração encontra paz e esperança.


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