Um dos episódios mais bizarros
nas narrativas do Evangelho é a do endemoninhado geraseno. O texto diz que este
homem era possesso de espírito imundo, vivia nos sepulcros, andava nu, e nem
mesmo com correntes conseguiam prendê-lo. Andava sempre, de dia e de noite,
atormentado, clamando entre os sepulcros e num processo constante de auto destruição,
feria-se com pedras. O quadro de vida deste homem era realmente muito triste.
Jesus atravessa o Mar da Galileia
em direção a Decápolis, fora da geografia de Israel, e o único ato naquela região,
foi a libertação deste homem, porque Jesus mexeu no chiqueiro deles, e os
homens os expulsaram. Preferiam ter demônios agindo na região, que terem prejuízos
financeiros.
Depois de sua libertação, este
homem com sua alma acalmada, já conseguia
se assentar, vestir-se e em perfeito juízo. A normalidade de vida lhe foi
restaurada, e o equilíbrio espiritual restabelecido.
Quando jesus estava entrando no
barco de volta à Galileia, aquele homem lhe suplicou para que o deixasse acompanhá-lo,
mas Jesus não o permitiu, ordenando-lhe que voltasse para sua casa, para os
seus “anunciando-lhes tudo o que o Senhor
te fez, e como teve compaixão de ti” (Mc 5.19).
Que coisa maravilhosa Deus pode
fazer à humanidade: De possesso de espírito imundo a evangelista e missionário;
de pária social a pregador das boas novas; de alguém subjugado por espíritos malignos,
a alguém dirigido pelo Espirito Santo. Quanto contraste!
“Volta para tua casa, para os teus”, disse jesus (Mc 10.19). Jesus o
restitui à sua família. É na sua casa que as mudanças serão sentidas de forma
mais perceptível. Deixava de ser uma preocupação e um peso, para ser uma benção.
Não mais uma ameaça, mas uma alegria; não mais um ser disfuncional, mas alguém em
perfeito juízo. A obra de Deus restitui normalidade e ele volta não para
destruir, mas para demonstrar o que o Senhor lhe fez, e como teve compaixão de
sua vida.
Volta para tua casa para ser uma
benção! Volta aos teus para demonstrar a realidade de um Deus de amor. Famílias
precisam desesperadamente de pessoas transformadas que voltem para abençoar. Quantos
lares ainda hoje precisam esperam por filhos, pais e mães voltando, não mais
adoecidos, mas restaurados, redimidos e curados. Não mais como loucos
desvairados, nem alguém dominado por vícios demônios, mas encharcados pela
maravilhosa visitação de Deus.
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