Nesta semana acompanhei de perto
o funeral de um colega.
Salomão, no seu pessimismo afirma
que “é melhor estar na casa de luto, que
onde há banquetes, porque ali se considera o fim dos homens; e que os vivos o
tomem em consideração”. É óbvio que estar na casa de festas é melhor que
num funeral, no entanto, a lógica do autor é clara. Na brutalidade e realidade
da morte percebemos a fragilidade da vida e somos convidados a repensar nosso
estilo de vida, prioridades, valores, amizades e nossa vida com Deus. A morte é
uma realidade democrática: atinge a todos. É melhor considerar isto e se
preparar para a eternidade.
Ali, naquele ambiente de dor, vi
uma criança belíssima, sendo levada no colo. Sua beleza, radiante; sua
vitalidade, atraente; seu sorriso e bom humor cativantes. No meio da dor,
estava eu ali a contemplar a beleza angelical daquela criança, brincando com
ela e admirando-a intensamente. Logo percebi que era neta do meu amigo cujo
corpo estava ao lado de pessoas que o amavam e companheiros de jornada que
vieram se despedir. Fiquei impactado com o realismo da vida: Um ciclo de uma
vida se completara, e outro iniciava agora.
No Salmo 78 lemos: “O que ouvimos
e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não encobriremos aos nossos
filhos; contaremos à vindoura geração, os louvores do Senhor, o seu poder, e a
maravilha que fez”. Precisamos continuar neste continuo processo de
revitalização e comunicação das verdades do Evangelho aos filhos e netos.
Ninguém ficará para semente. “A vida sobe a setenta anos, e, em havendo vigor,
a oitenta anos. O que passar disto é canseira e enfado”.
Viva como se fosse o seu último
dia de vida – um dia certamente será!