O livro do profeta Joel no Antigo Testamento é
uma literatura de crise e julgamento. Inicia-se com a chamada de atenção e um
pesado diagnóstico: “Escute, povo de
Judá! Já aconteceu alguma coisa tão terrível como essa em nossos dias ou no
tempo de nossos antepassados?” (Joel 1.2 NTLH)
Se o diagnóstico não era bom, o prognóstico é
ainda pior. O profeta prevê grandes calamidades sobre o povo, ele emprega a
idéia do gafanhoto, uma das pragas mais assustadoras daqueles dias e figura
muito usada na literatura apocalíptica para falar de tragédias de grandes
proporções. “O que os primeiros
gafanhotos deixaram, foi devorado pelos que vieram depois” (Joel 1.4 NTLH).
A realidade descrita não sinaliza qualquer
esperança. O caos, o julgamento, o abandono e a desordem deveriam imperar. Mas
no meio de tantas catástrofes possíveis, o profeta fala do grande amor de Deus
e anuncia um evento transformador, de uma nova realidade que desceria sobre seu
povo: “Depois disso, derramarei o meu
Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão, vossos velhos
sonharam, e vossos jovens terão visões” (Joel 2.28). Esta é a grande
promessa de Deus para a humanidade: O derramamento do seu Espírito.
Nada é tão urgente em nossas vidas que a obra
do Espírito. Só ela é capaz de nos fazer habitar em lugares celestiais nos dias
maus. Só ele pode nos empoderar, tirar a dúvida e superar a apatia,
capacitando-nos para seguir em frente, obter vitórias sobre as tentações. Nada
é tão urgente e necessário sobre nós que a obra do Espírito Santo. “Ficai em Jerusalém até que do Alto sejais
revestidos de poder” (Lc 24.49).
João Batista parecia pressentir isto. “Eu vos batizo com água, mas ele vos batizará
com o Espírito Santo e com fogo”. Nem métodos, nem recursos humanos, nem
inteligência ou instituição, mas o fogo de Deus tomando conta de nossa vida. Só
desde forma poderemos superar o caos, resistir ao diabo e ficar firme no dia
mau.
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