Quando Jacó está saindo da casa de seu sogro, numa despedida tensa já
que os dois não mais se entendiam, havia a possibilidade até mesmo de
guerrearem um contra o outro, mas ao se encontrarem, Labão faz uma afirmação
curiosa: “Tenho poder para prejudicá-los; mas na noite passada, o Deus do pai de vocês me advertiu: Cuidado! Não diga nada a Jacó, não lhe
faça promessas nem ameaças” (Gn 31.29).
Fiquei meditando nesta frase: “O
Deus de vossos pais”. Talvez na medida em que avançamos na idade a gente vá
se inteirando cada vez mais de que fazemos parte de um ciclo de vida, mas fico
feliz ao pensar no Deus de meus pais, porque eles sempre seguiram o Deus de
Abraão, Isaque e Jacó; o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo. Me alegro em saber
que este é o Deus a quem adoro: O Deus de meus pais, que primeiramente se
revelou a eles, e agora continua manifestando seu cuidado e bondade através das
gerações. Creio firmemente que suas
orações a nosso favor, seu zelo em nos conduzir nos caminhos do Senhor, tem
sido fonte de benção para nossas vidas. Afinal ele afirma que abençoaria até
mil gerações aqueles que o amam e guardam seus mandamentos (Ex 20.6).
Muitos falam de “maldição hereditária”, mas ninguém fala de “benção
hereditária”. Não é estranho que a nossa ênfase seja em alguns textos muito
isolados e complexos da Bíblia, ao passo que vemos declaração de bençãos em
muitos outros textos e ninguém parece se interessar por isto? A doutrina do
Pacto, que inclui os filhos, tem sido uma das mais esquecidas, minimizadas e
eventualmente negadas na teologia contemporânea.
No livro de Êxodo ainda lemos a solene advertência feita pelo Senhor já
que Israel conviveria com os povos que
estavam em Canaã, e que invocavam outros deuses: “Não se curvem diante dos
deuses deles, nem lhe prestem culto, nem sigam as suas práticas... prestem
culto ao Senhor, o Deus de vocês, e ele os abençoará...porque prestar culto aos
deuses deles, será uma armadilha para vocês” (Ex 23.24-25).
Nossos filhos precisam aprender amar o mesmo Deus que nos tem guardado
até aqui. Nossos netos precisam continuar adorando o mesmo Deus que habita em
nós!
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