quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O Deus de nossos Pais




Quando Jacó está saindo da casa de seu sogro, numa despedida tensa já que os dois não mais se entendiam, havia a possibilidade até mesmo de guerrearem um contra o outro, mas ao se encontrarem, Labão faz uma afirmação curiosa: “Tenho poder para prejudicá-los; mas na noite passada, o Deus do pai de vocês me advertiu: Cuidado! Não diga nada a Jacó, não lhe faça promessas nem ameaças” (Gn 31.29).
Fiquei meditando nesta frase: “O Deus de vossos pais”. Talvez na medida em que avançamos na idade a gente vá se inteirando cada vez mais de que fazemos parte de um ciclo de vida, mas fico feliz ao pensar no Deus de meus pais, porque eles sempre seguiram o Deus de Abraão, Isaque e Jacó; o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo. Me alegro em saber que este é o Deus a quem adoro: O Deus de meus pais, que primeiramente se revelou a eles, e agora continua manifestando seu cuidado e bondade através das gerações.  Creio firmemente que suas orações a nosso favor, seu zelo em nos conduzir nos caminhos do Senhor, tem sido fonte de benção para nossas vidas. Afinal ele afirma que abençoaria até mil gerações aqueles que o amam e guardam seus mandamentos (Ex 20.6).
Muitos falam de “maldição hereditária”, mas ninguém fala de “benção hereditária”. Não é estranho que a nossa ênfase seja em alguns textos muito isolados e complexos da Bíblia, ao passo que vemos declaração de bençãos em muitos outros textos e ninguém parece se interessar por isto? A doutrina do Pacto, que inclui os filhos, tem sido uma das mais esquecidas, minimizadas e eventualmente negadas na teologia contemporânea.
No livro de Êxodo ainda lemos a solene advertência feita pelo Senhor já que Israel  conviveria com os povos que estavam em Canaã, e que invocavam outros deuses: “Não se curvem diante dos deuses deles, nem lhe prestem culto, nem sigam as suas práticas... prestem culto ao Senhor, o Deus de vocês, e ele os abençoará...porque prestar culto aos deuses deles, será uma armadilha para vocês” (Ex 23.24-25).
Nossos filhos precisam aprender amar o mesmo Deus que nos tem guardado até aqui. Nossos netos precisam continuar adorando o mesmo Deus que habita em nós!

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