Não é fácil se arrepender! Pelo menos da forma como a Bíblia ensina.
Existem muitos “falsos arrependimentos” e “arremedos de arrependimentos”. Existem aqueles que choram muito por um pecado cometido, não porque de fato estejam arrependidos do que tenham feito, mas porque percebem os graves e deletérios efeitos do pecado, conforme Malaquias 2.13. Existem aqueles que sentem remorso, um pequeno ou grave desconforto pela atitude, mas que não mudarão sua atitude pecaminosa. Aos poucos, repetindo a prática pecaminosa, acostumam-se a ela e acham que a vida é assim mesmo...
No Brasil comenta-se muito juridicamente da “delação premiada”. Ela não tem nada a ver com arrependimento, mas com uma pessoa que, usando um artificio da lei, relata o que fez, para assim, diminuir a pena. A pessoa não está interessada em se aproximar de Deus e ser transformada, mas busca uma manobra para se defender.
A Bíblia fala de Jeroboão, um dos piores reis da história de Israel. Seu pecado e sua rebeldia trouxeram graves consequências, e um profeta do Senhor foi enviado para denunciá-lo. A experiência foi forte, porque ele mandou prender o profeta, mas quando estendeu a sua mão, ela se tornou leprosa. Apavorado, pediu clemência e a obteve (1 Rs 13).
Logo a seguir, porém, diz o texto bíblico: “Depois destas coisas, Jeroboão ainda não deixou o seu mau caminho” (1 Rs 13.33). A disciplina e correção de Deus não provocaram desejo de mudança. Ele continuou no mesmo caminho.
A Bíblia fala que “o homem que repreendido muitas vezes, endurece a cerviz, cairá de repente, sem que haja cura” (Pv 29.1). Mas faz promessas ao arrependido: “O que encobre suas transgressões jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13). O verdadeiro arrependimento é o caminho de cura e restauração diante de Deus.