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Quando o coração se desvia
Quando
Estevão, o primeiro mártir da história pregou o sermão mais longo do livro de
Atos, ele fez uma declaração importante sobre a apostasia do povo de Deus: “Nossos pais não quiseram obedecer a Deus;
antes, o repeliram e, no seu coração, voltaram para o Egito” (At 7.39). Ele
não diz que o povo voltou para o Egito, e sim que, o coração deles havia
voltado. O problema não era o ato praticado, mas a disposição interna.
Na
música Tomé da Fé, dos Vencedores por
Cristo, vemos a seguinte questão: “O que fazer se o coração não consegue mais
crer, o que sabe ser verdade?”. O grande ponto de convergência e divergência
encontra-se exatamente no coração.
Quando
o coração não vem, nada acontece. Ele serve como uma bússola para a vida. A Bíblia afirma que “do coração procede todas as
fontes da vida”, por isto ele deve ser protegido.
O
problema muitas vezes não é o que fazemos, mas em que ponto está o coração. Podemos
agir de forma mecânica, automática, religiosa, sem que o coração esteja
presente. “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe”.
Podemos ainda não fazer nada, mas o coração já estar longe. O povo de Deus não
havia voltado literalmente, mas “no seu
coração, voltaram para o Egito”. O que tinha acontecido interiormente era o
problema, não seus atos.
Precisamos
guardar o coração do auto engano, do distanciamento, da frieza, da indiferença.
É fácil sair do diapasão divino, é fácil se afastar, é fácil voltar ao Egito,
sem sequer ter chegado na fronteira geográfica da terra que se opõe a Deus.
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