Temos assistido atônitos o desenrolar dos fatos políticos entre
nós. São cifras tão estratosféricas, números tão impressionantes, relatos tão
surreais, que quando pensamos já ter visto de tudo, fatos novos e chocantes brotam
para revelar o requinte e desdobramento da desonestidade, propina e luxúria da liderança
política. Diante disto, a tendência natural é o cansaço, cinismo e descrédito
que nos agride frontalmente.
Há alguma esperança para a nação? Seria possível sonhar
novamente, ter orgulho da pátria? Compreendemos que o problema do Brasil não é
exatamente falta de recursos, mas a malversação dos recursos públicos e inescrupulosidade
de lideranças, que como abutres, desprezam e ridicularizam da justiça, zombam do
bom senso e da capacidade crítica e aposta no populismo e conchavos políticos de
líderes igualmente atados pelo sistema opressivo e destrutivo que os enlaça.
Vale a pena a reflexão de Pv 11.10 “No bem estar dos justos, exulta a cidade”. Governos sábios e
justos trazem bem estar e equilíbrio, governos corruptos desestabilizam a
economia e comprometem a saúde, segurança, educação.
Tentando olhar o aspecto positivo disto tudo podemos afirmar
que o mal é como o fungo e mofo, cresce melhor nas penumbras e na escuridão. Ficamos
tristes com a revelação de tanta podridão, mas se tudo isto estivesse debaixo
do tapete, como tem permanecido durante anos, os efeitos deletérios destes atos
continuariam a solapar a paz e o bem estar social. Será que podemos identificar
os relatos que tem vindo à tona como resposta às orações que o povo de Deus tem
feito pelo Brasil? Seria esta a forma divina de iniciar um processo de desconstrução/reconstrução?
Esperamos que sim.