Nem sempre é fácil fazer escolhas corretas e julgar as informações
recebidas de forma sábia quando estamos diante de uma decisão. Por isto a
Bíblia afirma que “o prudente vê o mal e
se esquiva; mas os simples, passam adiante e sofrem a pena”. Precisamos decidir
entre o bom e ruim, certo e errado, destrutivo e construtivo, mas para isto precisamos
de discernimento.
Por que é tão difícil e não raramente erramos tanto?
Em primeiro lugar, nossas decisões são carregadas de emoções.
Não decidimos apenas pelas informações que recebemos, mas pelas emoções que
sentimos. A Bíblia afirma que o coração do homem é enganoso e desesperadamente
corrupto, e indaga: “Quem o conhecerá?”
(Jr 17.9).
Segundo, não decidimos de forma neutra. Não somos uma “tábua
rasa”, como afirmam os filósofos. Ao julgarmos a vida, a fazemos com pressuposições,
valores introjetados, experiências acumuladas de gratificação ou frustração que
nos levam facilmente a uma direção ou outra.
Terceiro, nem sempre temos todos os dados sobre a mesa. As informações
que nos chegam são parciais, fragmentadas, dependendo do ângulo que ouvimos a
história ela pode nos parecer atraente ou pavorosa. Sempre há dois lados para
cada interpretação.
Em quarto lugar, não somos capazes de prever o que virá. Se soubéssemos
antecipadamente quais as consequências que determinadas decisões trariam sobre
nossa vida, certamente seriamos mais cautelosos e prudentes. Decisões de hoje afetarão
para sempre nossa vida.
Por tudo isto, precisamos discernimento.
Veja como Salomão orou no início do seu reinado: “Dá, pois, ao teu servo, coração compreensivo
para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal;
pois quem poderia julgar a este grande povo?” (1 Rs 3.9).
Talvez seja esta a oração mais urgente e necessária da vida.
Ela envolve coração compreensivo, julgamento, prudência – e tudo isto tem a ver
com o discernimento que só o nosso Grande Conselheiro, poderá fornecer.
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