Quando Davi viu que a hora de sua
morte estava chegando, chamou seu filho Salomão e lhe disse: “Eu vou pelo caminho de todos os mortais. Coragem,
pois, e sê homem!” (1 Rs 2.2).
A morte é o caminho de todos os
homens. Não gostamos de falar sobre ela, fazemos de conta que não acontecerá
conosco, entretanto, ela possui este caráter de inevitabilidade. A única
certeza que realmente temos na vida é a de que morreremos. Apesar de nossas
frágeis projeções e ousados planejamento, não há, de fato, garantia de que
viveremos amanhã. As pessoas nos vendem seguro de vida, mas na verdade, o que
compramos é um “seguro de morte”.
A morte é democrática: despreza
camadas sociais, ridiculariza dos poderosos, age de forma incontida,
desconsidera os prognósticos, ri da ciência, zomba dos reis. No seu furor, outra
de suas estratégias está presente: Ela não
leva em conta a idade. Não existe garantia alguma de que viveremos muito. Ela
age indiscriminadamente, atingindo crianças ainda no início de sua história, jovens
repletos de vida, e para nos contrariar, recusando-se a levar aqueles que
julgamos ter passado do horário de partirem, tanto pela condição de saúde quanto
a idade.
O Rei Davi compreende claramente
isto. “Este é o caminho de todos os
mortais”. Não há privilegiados nem exceções. Por isto, ele recomenda ao seu
filho na hora da sua partida: “Guarda os
preceitos do Senhor, teu Deus, para andares nos seus caminhos”. Precisamos
estar nos caminhos de Deus para enfrentar de forma segura e serena, a
inevitável rota da morte.