O profeta Habacuque enfrentou problemas
sérios e dramáticos em seus dias. Sua cidade foi destruída, ele viu pessoas mortas
na rua sem sepultura, jovens sendo levados cativos, e sabia que muitas daquelas
meninas seriam transformadas em escravas sexuais e os rapazes, escravos, seus símbolos
religiosos destruídos e sua família destroçada.
No meio deste caos, ele precisa
conciliar a bondade de Deus com a vitória da violência e da impiedade. Aflito, ele
levanta questões perturbadoras: Como entender a aparente inação de Deus? (Hab
1.13); Sua demora em responder as orações? (Hab 1.2); Sua resposta inesperada: Ele
ora por restauração da cidade e Deus envia os inimigos?
Habacuque fica perplexo com tudo. As
notícias não eram boas.
No meio de sua dor, ele faz uma declaração
impressionante: “Ainda que a figueira não
floresça... eu todavia me alegrarei no Senhor”.
“Ainda
que” todas as coisas pareçam conspirar, ele decide colocar seus olhos em
Deus. Viver pela fé é a Teologia do “ainda que”. Todas as perspectivas eram péssimas: ainda
que a figueira não floresça, a videira não produza, a azeitona não nasça, os campos
não produzam grãos, e o gado tenha sido arrebatado dos currais. Ainda assim,
esperarei no Senhor...
Só uma teologia que não dependa das circunstâncias,
pode se alegrar no Senhor. Deus é o refúgio e fortaleza, pode não acontecer
nada de bom, todavia, a alegria está colocada no Senhor.
Viver pela fé, é viver no ainda que…É
ter certeza das coisas que ainda não são visíveis - É crer a despeito de…É ser
capaz de dizer em meio ao caos: “Eu sei
que o meu redentor vive!” (Jó 19:25).
Não é resignação, comodismo ou escapismo,
mas alegria positiva no meio da dor e da ameaça. Porque há um Deus que rege a
história, age na história e é Senhor da história.