Em Rm 11.36 lemos o seguinte: “Porque dele, e por meio dele, e para ele, são todas as coisas. A ele
pois, a glória eternamente, amém!”
Há sempre dois riscos quando se pensa na soberania de Deus.
De um lado, o perigo de excluirmos Deus das coisas, como
arrogantemente declarou Tales Alvarenga na Revista Veja de 19.11.2005, logo
após o fatídico tsunami que devastou a Ásia. “Se existir, Deus não interfere nunca”.
Por outro lado, há outro perigo: incluir Deus em tudo,
afirmando que toda tragédia é castigo de Deus. Esta pergunta estava na mente
dos discípulos quando lhes perguntou: “Quem
pecou, este ou seus pais para que nascesse cego? E Jesus respondeu: Nem ele,
nem seus pais, mas é para que nele se manifesta a glória de Deus”. A morte
dos filhos de Jó não foram causadas por Deus. Muitas tragédias são causadas
pela ambição humana, o pecado, agressão à natureza e pelo diabo.
Em Rm 11.36 observamos três princípios:
A.
A Vontade Soberana de Deus – “Porque dele são todas as coisas”. Tudo
vem de Deus. Procedência. Ele é a fonte de todas as coisas. Princípio, meio e
fim; Alfa e Ômega.
B.
A Atividade Soberana de Deus – “Por meio dele, (...) são todas as coisas”. Processo.
Nada se executa sem a ação de Deus;
C.
A Glória Soberana de Deus – “Para ele, são todas as coisas”. Propósito. A Natureza, o ser
humano, o microcosmo e o macrocosmo, tudo é para ele.
Como diz o nosso catecismo: “O fim principal do homem é
glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”. A Ele, pois, seja a glória
eternamente, Amém!