Sempre considerei
importante ler a Bíblia em versões diferentes, porque nos ajuda a enxergar as
mesmas verdades por ângulos diferentes. Quando muda-se a linguagem e a
terminologia, e novos vocabulários são utilizados, podemos eventualmente até
mesmo nos assustar quando acessamos velhos e conhecidos textos.
Em Josué 23.4, lemos:
“Eu distribui entre as tribos, para serem propriedade delas, as terras das
nações que ainda não foram conquistadas”.
Fiquei refletindo
sobre esta palavra. Ao fazer a divisão das terras entre as tribos, Josué não
considera apenas as já conquistadas, mas considera reais, as que ainda serão
alcançadas, pois já haviam sido prometidas por Deus.
Tal é a natureza da
fé. Ela não parte do pressuposto daquilo que já possui, mas vislumbra aquilo
que ainda é prometido, tendo a compreensão de que o que ainda não existe, já é
uma realidade. Fé, como a visão, é a antecipação do futuro. Consegue se
assenhorear daquilo que ainda não é, mas dialeticamente, já é!
Josué distribui terras
que ainda estavam sob o domínio de outras nações. Seus olhos contemplam
possibilidades, e não apenas realidades. Josué se nutre não apenas da história,
mas da utopia inerente à esperança.
Na hora de repartir as
terras, poderia acontecer de alguém questionar este critério: “Ok, Josué, você
está nos dando algo que ainda não existe?” e sua resposta seria: “Esta terra já
é nossa, ou você dúvida disto?”
Tal é natureza da fé,
antecipa-se e constrói o futuro.
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