segunda-feira, 17 de março de 2014

Chamados para abençoar



O sogro de Jacó nunca teve um bom relacionamento com ele. A forma de resolver as coisas foi sempre com malandragem e esperteza, e isto fez com que no final, Jacó saísse sem se despedir dele, tendo apoio das filhas, porque a vida entre eles virou um inferno. Labão ficou muito irado com a atitude de Jacó e veio para repreendê-lo, mas reconheceu finalmente que Jacó, na verdade, lhe fizera o bem. Por duas vezes afirma: “O Senhor me abençoou por amor de ti” (Gn 30.27,30). Labão é um homem pagão e idólatra, mas reconhece que fora abençoado, porque Deus estava com Jacó.
Este é um princípio maravilhoso. Estou firmemente convencido de que Deus nos chamou para sermos abençoados e que por meio de nossas vidas, outros também o sejam. Em todos os níveis.
Uma frase que se repete no Antigo e Novo Testamento é que Deus sempre quer formar um “reino de sacerdotes”. Estes homens eram “mediadores” entre o povo e Deus, levando suas dores e súplicas ao Senhor, intercedendo por eles e apresentando suas ofertas. Este é o chamado que Deus continua nos dando, que o seu povo apresente as aflições humanas por meio das orações, trazendo ofertas de louvor, e abençoando esta geração.
Obviamente não se trata apenas de uma “mediação espiritual”. Deus nos chama para que através de nossas atitudes diárias, como o trabalho e tarefas que realizamos, as pessoas sejam abençoadas. Nossa vida deve ser um canal de benção para muitas outras.

É desta forma que o cientista cristão, o professor, o médico, advogado, economista, enfermeiro, fisiculturista, arquiteto podem se tornar instrumentos nas mãos de Deus e abençoar vidas. É maravilhoso quando, aqueles que são abençoados percebem que isto se deu porque existe alguma coisa de Sagrado e sobrenatural em nós, como se deu no reconhecimento de Labão em relação a Jacó:  “O Senhor me abençoou por amor de ti”.