O sogro de Jacó nunca teve um bom
relacionamento com ele. A forma de resolver as coisas foi sempre com
malandragem e esperteza, e isto fez com que no final, Jacó saísse sem se
despedir dele, tendo apoio das filhas, porque a vida entre eles virou um
inferno. Labão ficou muito irado com a atitude de Jacó e veio para
repreendê-lo, mas reconheceu finalmente que Jacó, na verdade, lhe fizera o bem.
Por duas vezes afirma: “O Senhor me
abençoou por amor de ti” (Gn 30.27,30). Labão é um homem pagão e idólatra,
mas reconhece que fora abençoado, porque Deus estava com Jacó.
Este é um princípio maravilhoso. Estou
firmemente convencido de que Deus nos chamou para sermos abençoados e que por
meio de nossas vidas, outros também o sejam. Em todos os níveis.
Uma frase que se repete no Antigo e Novo
Testamento é que Deus sempre quer formar um “reino de sacerdotes”. Estes homens
eram “mediadores” entre o povo e Deus, levando suas dores e súplicas ao Senhor,
intercedendo por eles e apresentando suas ofertas. Este é o chamado que Deus
continua nos dando, que o seu povo apresente as aflições humanas por meio das
orações, trazendo ofertas de louvor, e abençoando esta geração.
Obviamente não se trata apenas de uma
“mediação espiritual”. Deus nos chama para que através de nossas atitudes
diárias, como o trabalho e tarefas que realizamos, as pessoas sejam abençoadas.
Nossa vida deve ser um canal de benção para muitas outras.
É desta forma que o cientista cristão, o
professor, o médico, advogado, economista, enfermeiro, fisiculturista,
arquiteto podem se tornar instrumentos nas mãos de Deus e abençoar vidas. É
maravilhoso quando, aqueles que são abençoados percebem que isto se deu porque
existe alguma coisa de Sagrado e sobrenatural em nós, como se deu no
reconhecimento de Labão em relação a Jacó:
“O Senhor me abençoou por amor de
ti”.