Esta foi a declaração que os pastores fizeram,
logo após a revelação que tiveram no deserto da Judéia. “Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que deram entre nós”. O
que aconteceu em Belém não é algo que podemos ouvir e esquecer, mas precisamos
considerar a possibilidade de estar ali, e vermos o que aconteceu.
O problema nosso é que queremos ir para o
Shopping, nos distraímos com os pannetones, com as bebidas e convidados.
Esquecemos que em Belém é o lugar para onde devemos ir.
Onde poderemos encontrar Jesus?
Belém é mais que um espaço físico ou uma
geografia. Para esta pequena cidade de Judá convergem todas as atenções do
cosmos. Todo o plano da redenção cuidadosamente elaborado antes da fundação do
mundo pela Trindade começa a se historicizar em Belém. “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, Jesus,
nascido de mulher” (Gl 4.4). O Deus inteiramente outro, se torna
inteiramente nosso irmão. O Transcendente se torna imanente. O Eterno se faz
história.
Para Belém convergem o anjo que anuncia as
grandes novas e o coral de anjos que anuncia: “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra aos homens, a quem ele
quer bem”.
Para Belém convergem as profecias
minuciosamente entregues por Isaias “Um
menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o seu nome será: Maravilhoso
conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6). O Brado de Miquéias também se
concretiza naquela manjedoura: “E tu,
Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo entre milhares de Judá, de
ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos
antigos, desde os dias da eternidade”. (Mq 5.2).
É para lá que convergem os magos do Oriente,
trazendo ouro, incenso e mirra. Ali, diante da manjedoura se ajoelharam e
entregaram suas vidas e dádivas. É para Belém que devemos ir.