O mundo inteiro acompanhou a morte precoce do gênio Steve Jobs. Menino adotado, que sobreviveu durante alguns anos vendendo latinhas de refrigerantes para comprar o almoço, dormindo de favor numa república de universitários, apenas jogando seu colchão no chão, e que chegou a andar a pé por 11 kms, muitos domingos, apenas para ter uma boa refeição gratuita numa instituição e veio a se tornar o homem mais rico do planeta. Jobs morreu no dia 05 de outubro, aos 56 anos de idade.
O melhor relato de sua vida foi feito num discurso para os formandos da Universidade de Stanford, em 2005, cujo conteúdo foi dividido em três “histórias”, como ele intitulou. A primeira foi sobre ligar os pontos. Ele afirma que “você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro”. A segunda “história” foi sobre amor e perda. “Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama”.
Sua terceira história é sobre morte. Ele afirma que aos 17 anos, leu a seguinte frase: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Esta frase o marcou a vida inteira: “Desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa. Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração...”
Depois de ter sido diagnóstico com um câncer no pâncreas, afirma que a morte deixou de ser um conceito apenas abstrato: “A morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de outro alguém... Tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário”.
Steve Jobs nos ensina que a morte pode ser menos traumática, quando a enfrentamos com coragem e com fé. Chegar ao fim da vida achando que nossa vida se encerra num túmulo frio e sem esperança, certamente é a coisa mais desesperadora que pode existir.
Jesus ensinou aos seus discípulos: “Não se turbe vosso coração, credes em Deus, crede também em mim, na casa de meu pai há muitas moradas”. É extremamente gratificante reconhecer que a morte não é um ponto final, mas apenas reticência...